No Carnaval, o Brasil todo cantava a marcha carioca:
Tomara que chova,
Três dias sem parar,
Tomara que chova,
Três dias sem parar.
A minha grande mágoa,
É lá em casa
Não ter água,
Eu preciso me lavar.
De promessa eu ando cheio,
Quando eu conto,
A minha vida,
Ninguém quer acreditar,
Trabalho não me cansa,
O que cansa é pensar,
Que lá em casa não tem água,
Nem pra cozinhar.
Hoje qualquer chuva vira uma catástrofe em um Brasil que não tem maremoto, terremoto, tufão.
Para evitar o desmoronamento de edifícios é preciso ler a história infantil dos três porquinhos.
Para evitar o arrombamento, o desabamento de barragens, diques, pontes, estradas é não ficar na dos três macaquinhos.
Basta de obras alka- seltzer
Obras inacabadas, fantasmas, superfaturadas, uso de material de terceira categoria, tragédias previstas e mortes anunciadas e desculpas safadas de que choveu mais do que o devido.
Querem culpar o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Por que assinou 16 ordens de serviço para a modernização de áreas irrigadas no município de Petrolina, no valor de R$ 35,7 milhões. O reduto de Bezerra, dependente de verbas federais sobretudo por conta das secas, foi “escolhido”, segundo texto do ministério, como o primeiro beneficiário do programa Mais Irrigação, que compõe a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
A imprensa do Sul sempre reclama de qualquer verba que vá para o Nordeste. Só com o imposto de marinha dos edifícios de apartamentos, nas proximidades de dois canais de águas podres que cortam o bairro de Boa Viagem, o governo federal fatura bilhões.
Querem fazer do ministro Bezerra bode expiatório. O Ministério da Integração Nacional não tem verbas. Os culpados pelos estragos das chuvas são os governadores e os prefeitos.
Defendo aqui o Vale do São Francisco. Conheça
Escute a música Tomara que Chova.