
por Roberto Nascimento
O jornalista Carlos Chagas lembra que o cidadão comum fica indignado e sofre prejuízos quando, de repente, falta energia em sua residência ou em seu local de trabalho.
O BNDES, bancão denominado hospital das empresas privadas, divulgou com dinheiro público uma campanha na televisão para afirmar que as empresas estatais eram mastodontes. Aparecia um elefante para atestar que a estrutura era pesada e difícil de carregar, ou seja, faltava dinheiro para a saúde, inclusive foi criado um imposto para financiá-la (CPMF), contudo os recursos jorravam para mostrar a sociedade que suas próprias empresas não prestavam.
***
LIGHT
No Rio de Janeiro, a empresa de eletricidade cumpria seu papel de empresa pública federal, não se via bueiros explodindo, os bairros da Zona Sul não ficavam as escuras por horas a fio e ainda por cima dava lucro.
Entretanto, o governo de então recebeu a incumbência de desmontar as estruturas do Estado para torná-lo o menor possível para que o Brasil pudesse receber os empréstimos externos destinados a financiar o desenvolvimento. Outras recomendações foram executadas como a criação das Agências Reguladoras, diminuindo-se a influência da regulação do Estado através dos Ministérios e até a criação do Ministério da Defesa para reduzir o poder dos comandantes militares e afastá-los das reuniões ministeriais.
***
SOBERANIA
Nossos governantes não aprenderam, que o que vem de fora é só casca de banana objetivando travar o desenvolvimento da nação. A privatização do setor elétrico se transformou em um tiro no pé, o qual o governo não sabe mais o que fazer para consertar. Primeiro, porque reestatizar seria reconhecer o fracasso da privataria.
Enquanto isso, os consumidores terão que conviver com apagões, bueiros indo pelos ares e computadores queimando. (Transcrevi trechos)