O brasileiro gosta de ir pra rua no Galo da Madrugada no Recife, atrás do trio elétrico na Bahia, nas escolas de samba do Rio e São Paulo, nos carnavais fora de época, nas festas de santo. Nas paradas gays, nas passeatas convocadas por padres e pastores eletrônicos. E nos enterros de políticos e personalidades diversas, ou qualquer evento, quando convocado pela rede Globo.
Os programas de fins de semana têm que ser de graça: praia (dependendo da cidade) e os shows de rua superfaturados dos prefeitos e governadores. Ou ficar em casa vendo tv.
O brasileiro diz que não gosta de política. Confessa que é um analfabeto político. E como todo analfa, termina votando errado para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador (o vice vai de carona), senador (com dois suplentes de carona) e presidente (o vice vai de carona). Também escolhe um presidente de sindicato errado.
Essa gente defende a política econômica dos banqueiros, aumenta os preços dos alimentos, dos medicamentos e dos serviços essenciais.
Decide o valor do salário mínimo, do salário piso, das pensões e aposentadorias.
Decide a felicidade do povo hoje, aqui e agora, e o amanhã