Um governo de podres fios de algodão e arames enferrujados. O povo como marionete.
O simbolismo do fio é essencialmente o do agente que liga todos os estados da existência entre si, e ao seu Princípio.
O fio do destino do Rio de Janeiro tem como fiandeiras uma justiça, um legislativo, um executivo que o povo não confia.
Cidade de mais de mil favelas, onde a polícia chega atirando.
Cidade de muros que segregam os miseráveis. De muros nos condomínios de luxo também fechados.
Cidade dividida em guetos.
Cidade das tragédias anunciadas.
De onde o governador sempre foge.
Fora do Rio, Sérgio Cabral viu a morte do seu mais recente amor em uma queda de helicóptero. Numa paradisíaca ilha da Bahia de Todos os Santos e de Todos os Pecados.
Um amor encoberto.
A gente sabe das falcatruas que permeiam a grande roda que movimenta o Estado
tanto que dificilmente nos surpreendemos com alguma coisa, mas…aquele arame me chocou.
É o máximo do descaso com a sociedade.
Me senti envergonhada…