O assalto da quadrilha de Salvatore Cacciola, condenada e solta, no gozo da devassidão, desnudou a corrupção que lambuzou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no governo Fernando Henrique.
Essa má fama faz o BNDEs receber propostas indecentes. A proposta da compra do Carrefour, por 4,5 bilhões, é uma delas.
Para comprar o Carrefour, o cara pediu 3,5 bilhões para o Governo brasileiro. Isso é fazer negócio com a mão abanando.
Outro lado doce dessa história: o gargalo do monopólio do varejo de alimentos. Desde que a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que detém as lojas do Pão de Açúcar, Compre Bem e Extra, aumentaria seu poder de controle com a inclusão do Carrefour. Praticamente sem concorrência, passaria a ditar os altos preços dos alimentos que faltam na mesa do brasileiro.
Tem mais. Não era um empréstimo.
O BNDEs entraria como sócio.
Certamente que minoritário. Minoritário mesmo. Bote minoritário na jogada.
A mania de ser sócio minoritário virou vício do BNDEs.