Marina Silva: “Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos. Mas isso não é verdade”

A entrevista da candidata do PSB, Marina Silva, ao Jornal dito Nacional – Segunda Parte

 

transgenicos_1

William Bonner: Queria falar sobre a sua chapa.  O vice na sua chapa: Beto Albuquerque. Ele foi um dos principais articuladores no Congresso Nacional da aprovação da medida provisória que aprovou o cultivo da soja transgênica aqui no Brasil. Ele também foi favorável a pesquisas com células-tronco embrionárias, são dois pontos em que eles se opõem a posições suas do passado. Além disso, ele aceitou doações de campanha – quando candidato – de setores da economia que a senhora não admitiria, setor de fabricantes de armas, fabricantes de bebidas. Esses exemplos não mostram que Marina e Beto Albuquerque são a união de opostos, aquela união de opostos tão comum na velha política, apenas para viabilizar uma chapa, para viabilizar uma eleição. O que que há de novo nessa política, candidata?

Marina Silva: Em primeiro lugar, mais uma vez eu quero trazer as informações para que a gente possa trabalhar com a realidade dos fatos. Uma questão fundamental: nós somos diferentes e a nova política sabe trabalhar na diversidade e na diferença. Agora, o fato do Beto ter uma posição diferente da minha em relação a transgênico em um aspecto. Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos. Mas isso não é verdade. Sabe o que que eu defendia quando era ministra do Meio Ambiente? O modelo de coexistência, o que significa áreas com transgênico e áreas livres de transgênico. Infelizmente no Congresso Nacional não passou a proposta do modelo de coexistência.

transgenicos2

A contaminação genética

[“Áreas com transgênico e área livres de transgênico” é empulhação, conversa de demagogo, uma política velha que apenas engana os tolos.

A separação por área já existe, mas os riscos de contaminação ambiental são altos.  Sobremaneira a polinização cruzada, como topografia, ventos, umidade, polinizadores etc.

La coexistencia de cultivos orgánicos con cultivos de transgénicos en el campo ha sido uno de los temas controversiales desde que fueron desarrolladas semillas genéticamente modificadas. Estados Unidos ha sido el país pionero en adoptar prácticas de agricultura industrial desde 1996, pero también el primero en experimentar los efectos negativos de éstas.

Uno de cada 3 productores orgánicos han tenido problemas de contaminación de cultivos transgénicos cercanos a sus terrenos.

Además, el 80% de los agricultores encuestados dicen estar preocupados por el impacto de los organismos genéticamente modificados en sus cultivos, y cerca del 60% están “muy preocupados” por ello.

Debido al boom que la industria biotecnológica ha tenido a nivel mundial, es inevitable ver la experiencia de Estados Unidos como indicador de lo que podría pasar en otros países que apenas empiezan a adoptar estas tecnologías.

En especial, en los países en los que los costos ambientales, sociales, culturales y económicos podrían ser mayores.

La biodiversidad y los cultivos europeos están amenazados por los transgénicos, incluso en países donde está prohibido su cultivo, como demuestran recientes estudios científicos.

A pesar de que no está autorizado su cultivo en Europa, salvo para cultivos experimentales, el derrame accidental de granos de colza transgénica durante su transporte es especialmente peligroso debido a la gran capacidad que tienen las especies del género Brassica para cruzarse y dar descendientes fértiles (la colza pertenece a la especie Brassica napus).

Los resultados de numerosas investigaciones llevadas a cabo en los últimos años han estado advirtiendo de un fenómeno denominado “contaminación genética” por el que los transgenes pasan a formar parte de plantas y alimentos no transgénicos. La contaminación genética es una grave agresión para el medio ambiente y la salud de las personas, y las causas que pueden ocasionarla son varias. De especial preocupación resulta cuando los genes contaminantes acaban en nuestros alimentos y son consumidos sin ningún tipo de conocimiento. No hay que ser un experto en la materia para deducir que las experimentaciones a pequeña escala en parcelas reducidas pueden significar focos de contaminación y filtración impredecibles y desconocidos. Porque, en realidad, se desconoce el comportamiento y las características de esos genes transgénicos una vez sometidos a la dinámica propia de los agrosistemas de una determinada zona].

Continua

Monsanto transgênicos

Publicado por

Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

Deixe um comentário